quinta-feira, 22 de setembro de 2011

RECORDAÇÃO - VISITA DE JOSÉ ALENCAR A REDAÇÃO DO JORNAL "O TEMPO"

                                                            Saudade do Zé Alencar
Há pessoas que nos animam a viver; que, diariamente, nos mostram que vale a pena viver: e que, quando ligadas a nós por laços de amizade, nos fazem dizer: "Foi muito bom conhecê-lo!". José Alencar, o Zé Alencar, era uma dessas pessoas e, embora meu contato com ele tenha sido esporádico ao longo dos últimos 50 anos, sempre o considerei assim.
Quando jovem, em Ubá, nos encontrávamos de vez de quando (sua empresa, a Wembley, era em frente à minha casa, na avenida Cristiano Roças); já em Belo Horizonte, nos encontrávamos na Federação das Indústrias (principalmente na festa de confraternização que a entidade oferecia aos jornalistas), na rua, em ocasiões sociais, em sua campanha política para governador - eu jornalista, ele empresário sempre otimista e sorridente.
A última vez que o vi de perto foi em 2007, na redação de O Tempo, onde eu, então com 67 anos e lembrando os bons tempos de início de carreira, fazia uma substituição na Editoria de Economia. Ele visitava a redação e, ao me ver, exclamou: "Ei, Coutinho, o que você está fazendo aqui?" Levantei-me e fui em sua direção, dizendo: "Oi, Zé Alencar!", seguindo-se a explicação e um grande abraço. Ele perguntou por Ubá, onde eu nasci e onde convivemos por algum tempo. Eu lhe disse que, após a morte de meus pais (que ele conhecia e dos quais gostava muito), eu havia perdido a referência em relação à Ubá e só raramente ia lá. "Para matar a saudade, né?", ele comentou. E eu disse? "Não, para vivê-la"". E rimos. Mais tarde, na hora do cafezinho, os colegas estranharam o tratamento que lhe dera, mas expliquei que, acima de tudo, éramos amigos de longa data.
Agora, Zé, depois de toda a sua luta, na qual você voltou a mostrar toda a sua coragem e fé, só me resta viver a saudade do grande homem que você foi, com a certeza que "foi muito bom conhecê-lo".

Na foto, José Alencar; a secretária de redação de O Tempo, Lúcia Castro; o presidente da Sempre Editora, Vitório Medioli; e Olympio Coutinho

 

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