segunda-feira, 9 de abril de 2012

"UBÁ NOTÍCIAS" - POSTAGEM Nº 443 - ANO 2





Lígia Aroeira Ferreira








Fique por Dentro...




      Fotos do Encontro dos Ubaenses/ 2012 em B.H.
Sergio Occhi, Marcos Souza, Nísio e Cristina de Souza, Georgina Pena Costa , Laura Cunha


Otacílio - O som do ubaense que animou a noite
Lúcia e Gabriel M.de Castro, Virgílio B.Carneiro, Lígia Aroeira, Fátima e Zé Lúcio P. Santos




Elza Marcatto


Em dia com a notícia...




Ari Barroso - Parte 9
Célia Carneiro de Oliveira Soares 



Depois de formado pensou em voltar para Minas, candidatar-se a uma promotoria, como seu pai.  Mas esse pensamento durou pouco, pois sua vocação jamais seria suplantada.
Um pouco atrás, ano de 1925, dia 22 de dezembro e Ari, com 22 anos, sentia  seu coração mexido e remexido com os olhares ternos de  uma menina filha da dona da pensão onde ele almoçava.
Ivone tinha só 13 anos e a familia inteira se opunha aquele "rapaz feito", de bigodinho impertinente, com mania de bengala, boêmio e músico profissional sem trabalho fixo e, pior ainda, que bebe muito e perambula pelas ruas até altas horas da noite.
O jeito foi tirar a menina do Rio, mandando-a  para casas de irmãs casadas.
 Mas o amor era amor mesmo...  Cartas apaixonadas cruzaram os trilhos da velha Leopoldina.
Vencendo a resistência familiar, ficaram noivos no dia 7 de novembro de 1926.
Noivado à distância, ele, Ari, muito nervoso, impaciente, intolerante.Ela, muito amadurecida  e sensata.
O casamento foi em 26 de fevereiro de 1930.
Ari  teve um ano glorioso, pois  o Brasil inteiro cantava a sua música premiada:
"Essa mulher /Há muito tempo me provoca
Dá nela/Dá nela/É intrigante/  Fala que nem pata choca/Dá nela/   Fala
língua de trapo/pois da tua boca / Não escapo.

* Colaboração: Pesquisa de Célia para palestra na Academia de Letras de Paquetá






Andréa M.Vieira Occhi


Faça seu estilo...




            SAPATOS
                  Toda mulher se sente poderosa com um par de sapato descolado. 
               Cuidado com estampa de onça, sempre use com bolsa em cor neutra.




                     ESPAÇO ABERTO


                                                                   Liliana Coutinho


Ah, toma um vinho!
Liliana Coutinho*

Sempre gosto de pensar em momentos felizes: gestos, palavras de carinho, olhares, tudo que me provoque aquele sorriso que vem da alma. Coisas especiais que são capazes de aquecer o nosso peito, nos fazer suspirar, provocar aquela deliciosa sensação de vida, vida plena.
Meus amigos e mesmo os não tão amigos sempre brincam com essa minha 'mania' de querer ser feliz, falar de sol, de lua, de distribuir sorrisos até para quem não está disposto a retribuí-los.
Claro que tenho meus dias de fúria... senão, mesmo feliz, eu seria uma pessoa morna e pessoas mornas não me dizem muito! Gosto de intensidade. Nesses dias sempre eu me lembro da frase: "Ah, tá nervosa? Toma um vinho!" É que aprendi com um grande amigo de infância e adolescência, que um 'vinho' resolve tudo! Não necessariamente o vinho engarrafado, tinto e bem encorpado (que eu, particularmente, adoro), mas o 'vinho' encontrado nas palavras doces, naqueles dias de céu de brigadeiro, nos olhares de paixão, nos filhotes brincando perto da gente, naquela paz da hora da Ave Maria, na verdadeira terapia das boas conversas, na saudade do primeiro amor...
E por falar em saudade, lembrei-me que outro dia fui à Ubá, cidade onde nasceram meus pais e onde passei muitos e bons dias da minha vida. E só agora, enquanto escrevo, me dei conta de que já se passaram anos desde esse outro dia... como é bom passear pela nossa infância, andar pela cidade procurando rostos conhecidos, perceber que algumas coisas o tempo não apaga, se perder em sensações e lembranças e, no caso de Ubá, respirar fundo e se entorpecer com um delicioso cheiro de manga.
A casa dos meus avós não existe mais, algumas frias lojas tomaram conta do local, mas o quintal, inexplicavelmente, está lá, intacto... e como foi emocionante perceber que ele era enorme nas minhas lembranças de menina e tão pequeno agora nesse meu mundo de mulher. A casa do amigo do 'toma um vinho' também já não existe... em seu lugar, um prédio enorme nasceu. Várias pessoas já foram para o astral, outras tantas se perderam pelas esquinas da vida, e isso me fez chorar lágrimas de saudade, este tão complexo sentimento: é só fechar os olhos e um turbilhão passa pela gente, alcançamos pessoas, lugares, cheiros e gostos nos invadem  e com tanta força e intensidade que, quando abrimos os olhos, estamos ali, com o olhar perdido, com o coração quentinho, sentindo a vida pulsar dentro do nosso peito.
Então para hoje ser um dia feliz, a dica é: feche os olhos, morra de saudade, se encha de energia... Ah, e toma um vinho!!!

* Liliana Coutinho é filha de Olympio Coutinho e de Maria Elena Coutinho


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