quarta-feira, 18 de abril de 2012

"UBÁ NOTÍCIAS" POSTAGEM Nº452 - Ano 2




Lígia Aroeira Ferreira




Fique por dentro...





                         Nova Diretoria do Tabajara Esporte Clube


EM REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO TABAJARA ESPORTE CLUBE POR DECISÃO UNÂNIME, FOI APROVADA A NOVA DIRETORIA
EXECUTIVA DO CLUBE, PARA O PERÍODO 2012 / 2013. 

PRESIDENTE: ANTONIO LUCIANO DA COSTA
VICE: WAGNER DE MELO

SECRETÁRIO: MARCOS NELIO MARANGON
VICE: RODRIGO HAIKAL DE ARAUJO PORTO

TESOUREIRO: LENIR  JACOB IBRAHIM
VICE: MARCIA DE LOURDES MAGRI D’VILA

DIRETOR SOCIAL: ORMEU CRUZ FILHO

DIRETOR DE ESPORTES: DORIVAL COBO JUNIOR

DIRETOR MÉDICO: ANTONIO LUCIANO DA COSTA FILHO



Elza Marcatto






Em dia com a notícia...




                          Encontro em Brasília



Nos dias 12 e 13 de abril, foi realizado em Brasilia  o terceiro ENCEPAN- Encontro Nacional de Gestores  da Rede de Equipamentos  e Serviços de Alimentação e Nutricional.
Representantes de cinco cidades brasileiras  foram convidados e Ubá foi destaque. Expuseram diante de 150 gestores da Segurança Alimentar de diferentes  localidades.
A Supervisora da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Gisely Peron Gasparoni, foi a relatora .
Um trabalho com  a parceria do Governo Federal e a Prefeitura de Ubá.




Andréa M.Vieira Occhi






Faça seu estilo...




O CHARME DOS LENÇOS
              Sempre uma ótima opção.  Não podem faltar no armário das descoladas.

Naysa Micherif

                      ESPAÇO LIVRE

Relembranças


Em sua edição de 29 de agosto de 1969, o Estado de Minas publicou matéria assinado pelo seu então repórter Olympio Coutinho, enviado especial à cidade de Ubá, então com 29 anos, contando a epopéia que foi a filmagem de "Os Bárbaros",   Hoje, com 71 anos, Olympio, depois de consultar seus alfarrábios e encontrar a página onde saiu a matéria (11 do Primeiro Caderno), nos remete o texto da reportagem (com a ortografia da época), que relembra os fatos que cercaram aquela empreitada.


"Ubá conta história do
nascimento da cidade
em filme de meia hora"


De Olympio Coutinho


"UBÁ - Com o filme de 30 minutos "Os Bárbaros", colorido e filmado em apenas oito horas, esta cidade mineira entrou na produção de cinema. Foi tudo tão amodorista que cada artista deu dez cruzeiros novos para trabalhar no filme e tornar realidade um plano de Geraldo Mazzei, jovem fotógrafo da cidade.
Há treze anos, êle fez uma tentativa de cinema na cidade, filmando e produzindo o mesmo "Os Bárbaros", em preto e branco, de 15 muinutos de projeção, e usando apenas rapazes para todos os papéis do filme: índios e índias, vaqueiros, bandoleiros, o mocinho e a mocinha.
O filme é baseado na colonização, nos anos de 1800 a 1900. O povoado tinha o nome de São Januário de Ubá e era habitado por uma tribo de índicos semi-selçvagens, os croatas. Como se tratava de uma região muito rica, apareceram os colonos para explorá-la, fazendo com que os índios se rebelassem e resolvessem atacar a pequena povoação que havia se formado às beiras do rio Ubá.
Com a ajuda de um colono traidor, êles conseguem raptar o dono da fazendo e sua filha - moça muito bonita que desperta amores e paixões nos vaqueiros. A guerra aos índios é declarada e a taba é atacada pelo xerife, sua equipe e voluntários, entre eles o mocinho que salva sua adorada, a filha do dono da fazendas. Os índios são exterminados, os raptados são resgatados e o traidor - quando tenta fugir - é prêso e levado para o alto do morro, onde é enforcado no galho de uma mangueira. O mocinho se casa com a mocinha e a vida do povoado volta ao normal.
Os artistas 
São 50 figurantes, índios e índias, o xerife, os dois vaqueiros que disputam o amor de Rosabela - a mocinha - e mais os agregados, os trabalhadores da casa do patrão, os ajudantes do xerife e os traficantes de armas. Todos vestidos a caráter: índios e índias com penas e pintados, mas com calças americanas. No meio de tudo isso, a briga e o rapto de Rosabela e o enforcamento de Zé Rinaldi - o traidor e traficante de armas - e o final feliz de Rosabela recuperada dos raptores e nos braços de seu amado, o vaqueiro Constantino.
Todo o filme foi feito das 8h às 16h, usando a paisagem natural do Mangueiras Country Clube, localizado a dez minutos do centro e que tem a paisagem característica da cidade quando do início da colonização: mangueiras altas e frondosas, morros não cultivados, lagos, pés de laranja e limão, um moinho ali, um poço de água mais adiante, uma estradinha mais longe.
O diretor de produção e cinegrafista é Geraldo Mazzei, o diretor de coordenação é Ubirajara Piotto, o scrip de Eduardo Balbi Filho. O papel principa masculino - mocinho - e de Ricardo dos Santos, o principal papel feminino - a mocinha - é de Rosálio Stoduto.
São "índias" as jovens Rita Furtado de Mendonça,Jane Brandão e Maria Imaculada P. Carneiro. Participam ainda do elenco, entre outros, Márcio Gomes de Souza, José Rinaldi, Arlindo Damiano, José Teixeira Pires, Antônio Araújo, Dirceu Gomes, Eduardo Balbi Felício, Wagner Machado Rocha, Paulo R. Caputo, Luiz Carlos Costa, Quintino P. Carneiro, Afonso Ivo de Felippo, Rubens Barros e Gorazil J. B. Brandão. O filme é falado e tem como  tema musical "Rancho Fundo", de Ari Barroso".

Um bom comêço
O produtor do filme "Os Bárbaros", Geraldo Mazzei, mencionou o entusiasmo e e seriedade com que todos os participantes do filme atuaram, "sem nada reclamar durante as oito horas de filmagem, sob um sol quente e sem as mínimas condições de trabalho".
-  "Dá gôsto trabalhar com êstes jovens. Não foi necessário interromper a filmagem nenhuma vez; todos cumpriram os papéis corretamente e as falhas devem ser creditadas à direção e à falta de melhores condições".
Um velho sonho
Êle conta que, há muito tempo, desde que fêz "Os Bárbaros" em 1956, vinha sonhando em fazer uma refilmagem, agora séria, em côr, falada e com artistas bem ensaiados em todos os papéis. "Creio - disse - que conseguimos fazer alguma coisa e como tentativa pioneira acredito mesmo que o trabalho não é dos piores".
- "Estamos todos certos de que Ubá devia entrar na era do cinema. É uma cidade que gosta da arte, que j,á deu um Ari Barroso, um Antônio Olinto, um Nélson Ned e muitos outros para a cultura. Precisávamos fazer êste filme para mostrar que a cidade também pode fazer cinema, e bom cinema. Isto é princípio de um caminho que ainda é muito longo, mas que vamos trilhar com coragem a determinação".



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